HISTÓRICO DAS RELIGIÕES NÃO-CRISTÃS

Conforme a Bíblia apologética Páginas (1371-1378), dá um resumo DAS RELIGIÕES NÃO-CRISTÃS que são mais conhecidas no mundo.

Animismo
É a crença antiqüíssima, entre alguns povos primitivos, de que há uma “alma” individual em todas as coisas existentes. Por tratar-se de uma convicção popular, não possui livros sagrados, dogmas ou quaisquer outras linhas demarcatórias. Pode apresentar-se de forma infinitamente variável, o que torna impossível fornecer uma definição totalmente satisfatória, por estar baseada nas tradições de certos grupos. Podemos falar apenas em termos gerais. Ou seja, não é possível projetar um histórico do animismo, visto estar ligado às sociedades primitivas e pode ser encontrado em todos os cantos da terra.
Suas práticas estão ligadas a um forte ritualismo, ao uso fetichista de palavras e objetos mágicos, a certos tipos de cerimônias e ao medo de todas as coisas. E foi a partir disso tudo que se desenvolveu um sacerdócio fixo, que atribuía a si próprio poderes especiais para contactar os espíritos (xamãs, pajés, etc.). Toda a vida da comunidade era organizada em torno desses elementos.
Alguns acreditavam em uma possível reencarnação; outros em um vaguear dos espíritos; e outros ainda que os espíritos dos mortos permanecem algum tempo e, depois, desaparecem.
A crença primitiva dos anglo-saxônicos em fadas, elfos, duendes, gnomos, etc, é uma espécie de animismo, pois os denominavam elementais, como sendo espíritos existentes nas coisas da natureza. As crenças da África não-muçulmana estão ligadas, em sua maioria, a este estágio ani- mista, e também os nativos da América, incluindo os esquimós.
Hinduísmo
O hinduísmo é a religião peculiar dos povos da índia, embora, atualmente, esteja mais espalhado, por motivos de migração, no Ocidente, onde muitas de suas crenças criaram raízes. Os hindus chamam sua religião de Sanatana dharma que, em sânscrito, sua língua sagrada (de origem indo-européia), significa “Ordem permanente”.
A origem e o desenvolvimento do hinduísmo vêm dos seus quatro livros sagrados chamados Vedas e está ligado à invasão dos povos arianos, entre os séculos 13 e 9 a.C.
É uma religião declaradamente politeísta e idólatra, com uma quantidade inumerável de práticas e crenças. Podemos distinguir dois principais ramos no hinduísmo: um filosófico, praticado pelas castas mais altas, e um mais idólatra e primitivo, praticado pelas castas mais baixas.
Outra marca registrada do hinduísmo é a crença na reencarnação e no carma. Estas duas convicções exercem total controle sobre a sociedade da Índia. As diferenças sociais são explicadas por meio destas doutrinas, o que faz que os cidadãos sintam-se sempre extrema1371
mente resignados com sua situação. A tentativa do governo de acabar com o sistema de castas não teve êxito.
Diante da visão doutrinária dessa religião, a salvação está inteiramente ligada ao esforço próprio do indivíduo. Cada pessoa deve salvar-se a si mesma pela autopurificação em sucessivas re- encarnações, pela meditação (ioga) e pelos sofrimentos, naturais ou impostos, que, segundo acreditam, levam o homem a expiar seus próprios pecados.
Seu conceito filosófico sobre Deus é o panteísmo, ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus.
Devido a este conceito de realidade, é difícil para os hindus entenderem um Deus absoluto e transcendente, isto é, à parte da Criação, como o Deus do cristianismo. Mesmo assim, possuem uma tríade, composta pelas principais divindades de seu panteão: Brahma, Vishnu e Siva.
De certo modo, a cultura hindu, algumas vezes, reinterpretou Jesus, colocando-o como um “avatar”, alguém adiantado como Buda ou Gandi, que retornou a este mundo mais atrasado para ajudar os homens a se elevarem.
Jainismo
Trata-se de uma das grandes dissidências do hinduísmo, talvez a maior. A ela pertenceu Mahatma Ghandi.
O jainismo foi fundado entre os anos 599 e 537 a.C.,pelo indiano Nataputa Verdamana, chamado, posteriormente, de Verdamana Mahavira, cujo significado é “o grande herói”. Tal como o budismo e o hinduísmo, o jainismo também encontra a origem de sua nomenclatura no sânscri- to, derivando do termo jaina, que pode ser traduzido por “vitorioso”.
Possui inúmeras crenças comuns com os demais hindus, embora tenha, também, convicções e práticas distintas. Um dos seus principais princípios é o ahinsa, que é contra qualquer tipo de violência, em quaisquer circunstâncias, e no seu mais amplo significado. Usam lenços sobre a boca para não engolir mosquitos e outros insetos, para que estes não reencarnem. Outro princípio é a anekantwad, um conceito relativista da verdade, por meio do qual existem muitas verdades (e não apenas uma), e cada uma delas se baseia em um ponto de vista. Há, ainda, o princípio da aparigraha, que implica em renunciar toda e qualquer possessão material.
O jainismo possui seus próprios livros sagrados, escritos em um idioma chamado Ardha- magadhi e rejeita os Vedas, livros sagrados do hinduísmo. Segundo a tradição, seus livros sagrados teriam sido extraviados por volta do século 3o d.C., sendo reescritos depois, em 454 d.C., aproximadamente.
Aliás, o jainismo não rejeita apenas os Vedas, mas também o panteão e a maioria das cerimônias hindus, além de desconsiderar o sacerdócio brâmane. Todavia, aceita a reencarnação, o car- ma, o ascetismo e o vegetarianismo.
Não apresenta nenhum conceito sobre Deus, mas aceita o fato de alguns possuírem um alto grau de aperfeiçoamento e, por conta disso, se tornarem, de algum modo,“divinizados”. Essa divinização inclui uma quase onisciência. Por isso, os que alcançam este alto padrão no jainismo tornam- se exemplos para as futuras gerações e chegam até mesmo a ter templos em sua homenagem.
Mahavira acabou se tornando um deus e é adorado, com grande fervor, pelos jainistas.
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Budismo
É uma das maiores e mais antigas religiões não-cristãs do mundo. Foi fundada pelo príncipe hindu, Sidarta Gautama, o Buda, que viveu na região conhecida hoje como Nepal, entre os anos 563 e 483 a.C., aproximadamente.
O budismo trouxe consigo muita herança hindu, como, por exemplo, a meditação, a reencar- nação e o carma. Todavia, o objetivo (busca) de Buda era escapar do interminável ciclo de renascimento e morte ensinado no hinduísmo e atingir o nirvana: um estado de completa quietude.
Por negar o sistema de castas, o budismo não foi aceito na índia, mas migrou para a China e o Japão, dominando boa parte do cenário do Extremo Oriente.
Na verdade, o budismo não foi fundado como religião, mas como um sistema filosófico. Não possui qualquer tipo de crença em Deus, tal como ensinam as Escrituras Sagradas, embora Buda, com o tempo, tenha-se tornado objeto de adoração, um deus. Mesmo assim, podemos classificar o budismo como ateu.
O budismo, como as demais religiões orientais, é um sistema de auto-salvação. Ou seja, pela eliminação do desejo, o homem extermina a dor e realiza seu próprio aperfeiçoamento, até atingir o nirvana, um estado de “união com o todo”, por meio do qual o homem perde sua existência individual.
Essa religião dividiu-se em várias escolas, sendo as principais: hynaiana, mahayana, vajraya- na, budismo tibetano e zen-budismo.
Seus adeptos apresentaram imenso ardor missionário, responsável pela grande expansão dessa religião, embora o próprio Sidarta não tenha proferido qualquer ordem neste sentido.
De simples filosofia, o budismo acabou se tornando uma religião altamente ritualística, com monges, mosteiros, livros sagrados (de acordo com a escola professada), ritos sagrados e templos, ajustando-se conforme a cultura onde lançou suas raízes.
No Brasil, a escola mais difundida é o ramo Soka Gakhai, que se originou da escola de Ni- chiren Shoshu, grande mestre budista japonês. Essa escola enfatiza, concomitantemente, as reformas social e individual
Confucionismo
O confucionismo é uma religião de humanismo otimista, grande representatividade e imensa expressão social na filosofia política da China. Seu fundador, Confiicio (551-479 a.C.), grafia latina do nome Koung Fou Tseu, ou mestre Kung, lançou esta norma religiosa por volta do século 5o a.C.
Como outras religiões do Extremo Oriente, o confucionismo também nasceu como uma filosofia. Na verdade, o propósito de Confucio não era, primeiramente, o céu ou a vida futura, mas a criação de um Estado onde governantes e cidadãos pudessem se entender. Ele nasceu em uma época de muitas guerras feudais na China e sua intenção era superar tal estado de coisas.
Com referência a Deus, o confucionismo utilizava três conceitos: Shang-Ti (ou governador do mundo), que tinha uma conotação pessoal; Tien (ou o céu), que era mais ligado às forças morais impessoais; e Ming, que ligava a ética ao Ser supremo.
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Seus quatro livros sagrados são:
• Ta Hsio (Grande aprendizado), ensinamentos sobre a virtude.
• Chung Yung (Doutrina do meio), ensinamentos sobre a moderação perfeita
• Lun Yu (Anacletos), coleção das máximas de Confúcio, seus princípios éticos.
• Meng-Tze (Mêncio), obra do grande expositor de Confúcio.
Em verdade, o que vai ocorrer é um sincretismo religioso que, por meio das noções para uma vida correta deixadas por Confúcio mescladas às tradições chinesas de culto aos antepassados, ganha formato de religião. Embora Confúcio ensinasse reverência pelos antepassados e destacada piedade filial, o tempo tratou de tornar esses dois pontos em doutrinas centrais de seu culto.
Confúcio concebeu a natureza humana como sendo boa em sua essência, ensino que se tornou um dos principais conceitos em seu desenvolvimento posterior. Não havia, para Confúcio, a noção do homem como um ser corrompido e decaído. Daí o otimismo do confucionismo.
A partir do século 3o, Confúcio começou a receber sacrifícios oficiais na China e, no século 6o, já existiam templos construídos em sua homenagem em todas as principais cidades.
Taoísmo
O taoísmo foi, de certa forma, uma reação ao confucionismo e predominou principalmente no Sul da China. Mas, devido ao contexto cultural, as duas religiões apresentam diversas semelhanças. Ou seja, o taoísmo também é um sistema filosófico fortemente influenciado pela religião popular.
A origem desta religião está relacionada ao sábio Lao-tsé (grande mestre), contemporâneo de Confúcio. É difícil dizer o que é lenda e o que é história na vida de Lao-tsé. A data mais provável do seu nascimento é 604 a.C. Sua doutrina foi sintetizada em um pequeno livro de aproximadamente 5.500 palavras, chamado Tao te chitig, que significa: O caminho eseupoder.
Um dos discípulos de Lao-tsé, o mestre Tchuang-tseu, escreveu 33 livros (número aproximado) sobre a filosofia de Lao-tsé. Resultado: 1.120 volumes, os quais formam o cânon taoísta.
O Tao te chingtrz considerado fonte da sabedoria e solução para todos os problemas da vida. Ensinava, entre outras coisas, que os homens deveriam viver uma vida simples, sem reconhecimento ou poder.
Compaixão, moderação e humilhação são as três bases éticas do taoísmo. Todavia, seu principal conceito é o Tao, algo difícil de explicar, mas que define todas as coisas. Embora rejeitasse a idéia de um Deus criador, o Tao era algo indefinido que existia antes de todas as coisas. Depois desse conceito, o mais importante era o Yin e Yang, o positivo e o negativo, as forças que, segundo o taoísmo, equilibram todas as coisas. É o conceito que está por trás das artes marciais, da acupuntura, do Tai Chi Cuan, do Feng Shui e da ioga.
Como herança religiosa, o taoísmo popular transformou-se em uma religião de magia, exorcismos e culto aos antepassados. É extremamente politeísta, idólatra e esotérica, praticante da ne- cromancia.
Há, ainda, o ramo filosófico que se apega às tradições verdadeiramente taoístas. Estamos falando de um ramo ateísta que não aceita nenhum Deus pessoal.
A partir do imperador Han (século 7o d.C.), Lao-tsé passou a ser adorado. Por isso, agora, o taoísmo possui sacerdócio, templos, sacrifícios e iniciações para os discípulos, além de crer na vinda de uma era de paz e harmonia que transformará a presente era.
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Xintoísmo
É a religião mais antiga do Japão. Originalmente, não tinha nome, nem doutrinas, nem dogmas. Era apenas um conjunto de ritos e mitos que explicava a origem do mundo, do Japão e da família imperial. Os protagonistas desses mitos eram os kamis que, segundo é ensinado nesta religião, eram deuses ou energias divinas que habitam todas as coisas e sucedem-se por gerações, desde a criação do mundo. Por esse motivo, assemelha-se ao animismo.
Seu nome vem de Xintó, que significa: “Caminho dos deuses”.
Como se pode perceber, o xintoísmo é um sistema religioso politeísta extremamente arraigado na cultura japonesa. Dispõe de diversas festividades, períodos em que são oferecidos sacrifícios, alimentos e flores aos deuses (kamis). Essas cerimônias, realizadas em templos construídos para esse objetivo, são mediadas por um sacerdócio estabelecido para efetuar rituais de purificação. Segundo a tradição, estes templos precisam ser reconstruídos a cada vinte anos. Também é bastante comum a realização de procissões, quando estátuas de alguns deuses são levadas pelas ruas.
Trata-se de uma religião praticada de forma doméstica e variada. Não importa se em um jardim, em um templo, em uma gruta ou até mesmo em sua própria casa, as pessoas erguem santuários para as divindades.
As crenças, orações e rituais xintoístas foram transmitidos oralmente e copilados em três volumes denominados:
• Kojiki, concluído em 712 d.C.
• Nihongi, concluído em 720 d.C.
• Yengishiki, concluído no século 10.
Atualmente, mais de 100 milhões de japoneses têm contato com alguma das treze principais seitas xintoístas. Existem mais de 185 mil sacerdotes e cerca de 80 mil santuários.
Zoroastrismo
É, na verdade, um antigo sistema religioso-filosófico, que pode ser definido como uma concepção dualista do mundo. O Universo seria uma eterna luta entre o bem e o mal que abrange todos os elementos que o compõe. Esta é sua idéia central.
Os pressupostos do sistema foram estabelecidos por Zoroastro, ou Zaratustra. Nascido na Pérsia, no século 6°a.C., parece ter sido o reformador do masdeísmo, ou mazdeísmo, antiga religião da Média. Sua doutrina foi transmitida oralmente e recolhida nos gathas, os cânticos do Avesta, conjunto de livros sagrados da religião. As reformas de Zoroastro não podem ser entendidas fora de seu contexto social
O zoroastrismo defendia a fé em um deus único, chamado Ahura Mazda (“Senhor sábio”), a quem se credita o papel de criador e guia absoluto do Universo. Dessa divindade suprema emanariam seis espíritos. Juntos, Ahura Mazda e esses entes travam uma luta permanente contra o princípio do mal, Angra Mainyu (ou Ahriman).
A partir desta concepção, o zoroastrismo formulou uma série de exortações destinadas a dirigir a conduta dos homens e reprimir os maus impulsos. Combatendo diariamente Ahriman e sua corte, uma pessoa podia torna-se merecedora das recompensas divinas.
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Foi durante o reinado de Dario I que o Avesta, ou Zend-Avesta, foi redigido. É nesse livro sagrado (na parte denominada gathas, hinos metrificados em língua arcaica) que se encontra a sistematização tardia dessa religião, que teria sido feita pelo próprio Zoroastro. Entretanto, por meio dos sucessores de Dario, o zoroastrismo transformou seu caráter, convertendo-se em maz- deísmo (ou masdeísmo), impregnado de crenças populares e dos mais complexos pontos de vista escatológicos e ritualísticos.
Restam poucos vestígios dessa religião entre certos grupos étnicos do Oriente Médio, mas a influência do zoroastrismo sempre existiu na região, como no maniqueísmo, por exemplo, heresia que perdurou até o século 5o, aproximadamente, da era cristã.
Judaísmo
Podemos atribuir a origem do judaísmo a Moisés, por volta do século 15 a.C., embora muitas modificações tenham ocorrido desde sua forma original até nossos dias. O judaísmo é a prática da lei mosaica, conforme contida nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento—chamados de Pentateuco. Somado a estes, estão os livros dos profetas e os chamados escritos. Tais livros sagrados têm determinada sua fé milenar.
A palavra judaísmo deriva da tribo de Judá, descendentes do filho de Jacó, com o mesmo nome da tribo. Depois do cativeiro babilónico (605-535 a.C.), os descendentes de Abraão passaram a ser denominados judeus, pelo fato de a maioria deles ser da tribo de Judá. Sua religião ficou conhecida como judaísmo.
O judaísmo aceita todos os 39 livros do Antigo Testamento como sagrados, mas rejeita completamente a mensagem do Novo Testamento. Isto porque, embora comungue com o cristianismo a respeito da fé no Messias, não reconhece na pessoa de Jesus de Nazaré este Messias.
Definitivamente monoteísta em sua crença e prática, o judaísmo crê em um Deus Todo-Po- deroso, invisível, transcendente e pessoal. Não aceita, todavia, a doutrina da Trindade divina. Em diversos pontos, seu credo é igual ao do cristianismo. Crê em anjos, demônios, na providência, na ressurreição dos mortos, no juízo final, etc.
Pelo fato de possuir uma história marcada pela instabilidade política e pela dispersão, o judaísmo sofreu transformações contínuas na maioria de seus rituais e práticas, pois se viu, muitas vezes, impedido de praticar sua fé. Apesar de guardarem uma unidade maior do que as outras religiões que se faccionaram, os judeus também se dividiram em vários segmentos: ortodoxos, liberais, cabala, etc.
O judaísmo, com raras exceções, ainda é a religião exclusiva de uma etnia: os judeus, descendentes físicos de Abraão.
Islamismo
A palavra islamismo vem de islão, termo árabe que significa “submissão”. Sua data inicial é apontada como sendo a hégira (“fuga”), referente à fuga de Maomé de Meca para Medina,em 632 a.C. Maomé é apontado como o último profeta, vindo de uma cadeia que começou com Adão e chegou até essa data.
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Maomé era um mercador da Arábia que alegou ter tido visões do anjo Gabriel, que lhe teria ditado o conteúdo de seu livro sagrado: o Corão (ou Alcorão). Sua mensagem resumida seria: “Não há outro Deus a não ser Alá, e Maomé é o seu profeta”. Por suas pregações e atividades guerreiras, Maomé conseguiu unir as dispersas tribos árabes em um único povo e em uma só religião.
Bases da religião islâmica:
• Shahada, declaração de fé que se pronuncia da seguinte forma: “Não há outro deus além
de Allah e Muhammad é o seu profeta [ou mensageiro]”.
• Salat, orações pronunciadas, em árabe, cinco vezes ao dia. (Ocorrem ao amanhecer, ao
meio-dia, no meio da tarde, ao anoitecer e à noite. Devem ser realizadas, preferivelmente, na mesquita ou em grupo.)
• Zakat, (“purificação”ou“crescimento”). A responsabilidade do cumprimento desta determinação
básica cabe apenas ao fiel, que faz o cálculo do rendimento de seu capital anual e daí extrai 2,5%, que serão empregados no patrocínio de obras sociais e auxílio aos mulçumanos menos favorecidos (Existe, ainda, o sadaca, outra contribuição voluntária que deve ser feita em segredo, como caridade espontânea).
• Sawn, ou jejum, que deve ser feito no mês de Ramadan, considerado sagrado (Os mulçumanos
jejuam durante 30 dias, desde o amanhecer até o pôr-do-sol, período em que se abstêm de comida, bebida e relações sexuais).
• Hajj, ou peregrinação à cidade sagrada de Meca, ao santuário denominado Kaaba. (Deve
ser feita pelo menos uma vez na vida e ser empreendida por todos os fiéis que possuem condições físicas e financeiras para tal).
No islamismo, Jesus (Issa), embora seja tido em alta conta, foi apenas mais um dos profetas. Chamá-lo de Filho de Deus é considerado blasfêmia de alto grau, uma vez que seria comparar um ser humano ao próprio Deus.
O islamismo extraiu a maioria de sua doutrina do judaísmo e do cristianismo: acredita em anjos e demônios, no juízo final, no inferno e no céu, embora tenha definições diferentes.
Sikhismo
A religião Sikh teve sua origem na Índia, no início do século 16, com Nanaque, que nasceu em Talwandi, aldeia situada no Sudoeste da capital, Punjabe, em 1469 d.C. Depois de passar um tempo orando e meditando na floresta, retornou como um profeta visionário. Sua religião é um sincretismo entre o monoteísmo islâmico e o misticismo hindu, e pode ser classificada como uma ramificação deste último. Mais tarde, um de seus discípulos chegou a ensinar a igualdade de Nanaque com Deus.
Livro sagrado: Granth Sahib, ou “Livro do Senhor”, compilado por um dos seguidores de Angade, também chamado de Arjan.
O Granth Sahib é uma coletânea de poemas, com quase 30.000 versos. Exalta o nome divino e prescreve regras para a prática da religião Sikh.
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Deus, geralmente, é denominado como SatNam, cujo significado é“nome verdadeiro”. Mas não existe ênfase sobre a personalidade divina, e Deus pode ser identificado filosoficamente com a verdade e/ou a realidade.
A salvação para essa religião segue um caminho bem semelhante ao do hinduísmo. Crê no carma e na reencarnação e no aperfeiçoamento por meio da “obtenção de Deus” e da “absorção em Deus”. Todavia, rejeita os escritos sagrados hinduístas, bem como o seu politeísmo e sua prática vegetariana. Embora tenha, sem dúvida, absorvido a maioria das crenças islâmicas, o sikhis- mo não acredita em um juízo vindouro para toda a humanidade.
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A Bíblia Apologética com apócrifos (Terceira edição) emprega como base a tradução de João Ferreira de Almeida, edição revista e corrigida, publicada pela Imprensa Bíblia Brasileira.

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