O DISPENSACIONALISMO
INTRODUÇÃO
Entendemos a "Dispensação" como um período específico de tempo que se baseia nos mandamentos, promessas e princípios de Deus para a humanidade, com o objetivo de testar sua obediência e fidelidade a Ele. Cada período dispensacional reflete um modelo de governo de Deus em relação à humanidade.
Esta lição tem como objetivo apresentar os princípios básicos do dispensacionalismo bíblico, mostrando suas fases e marcos. Que Deus nos ajude ao longo desta maravilhosa lição.
1 - DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA
1.1 - O QUE É DISPENSACIONALISMO?
O dispensacionalismo é uma interpretação hermenêutica da Sagrada Escritura que não se limita à Escatologia, mas abrange todo o processo do plano de Salvação e Redenção realizado por Deus para a humanidade. Quando pensamos em termos dispensacionais, geralmente imaginamos apenas as subdivisões nos períodos chamados de dispensações, mas vai além disso.
Dentro dessa perspectiva, Deus, em sua eternidade, tem um plano que percorre toda a história da humanidade para glorificar Seu nome e que inclui o Plano de Salvação. No entanto, ao contrário do Plano de Salvação, as dispensações determinam épocas de revelação de Deus ao homem. Em cada dispensação, Deus se revela de maneiras diferentes, daí as subdivisões.
Eclesiastes 3.1
1 - Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Jó 14.1-5.
1 - O homem, nascido de mulher, vive por poucos dias e está cheio de inquietação.
2 - Ele surge como uma flor e murcha; ele também desaparece como uma sombra e não permanece.
3 - Tu olhas para ele e me trazes a juízo contigo.
4 - (Quem pode tirar o puro do impuro? Ninguém!)
5 - Visto que os seus dias estão determinados, contigo está o número dos seus meses; tu estabeleceste limites para ele, e ele não pode ultrapassá-los.
1.2 - A IMPORTÂNCIA DO DISPENSACIONALISMO NA HERMENÊUTICA PENTECOSTAL
Uma grande parte do movimento pentecostal, inclusive aqui em Portugal, adotou a hermenêutica dispensacional como a principal chave de interpretação das Escrituras. Isso, de fato, facilitou a compreensão bíblica, principalmente das práticas do Antigo Testamento, que ganharam um novo significado nas páginas dos Evangelhos e nas Epístolas do Novo Testamento.
O que ocorre é que o dispensacionalismo por muito tempo foi considerado uma doutrina, especialmente entre as Assembleias de Deus em Portugal. Como qualquer abordagem hermenêutica, possui suas falhas de interpretação, e o dispensacionalismo não é exceção. No entanto, atualmente a denominação tem adotado uma postura mais madura em relação a esse tema.
1.3 – A IMPORTÂNCIA DO DISPENSACIONALISMO NA ESCATOLOGIA PENTECOSTAL
Toda a visão pentecostal assembleiana sobre os eventos finais está fundamentada na visão escatológica dispensacionalista. Podemos destacar as seguintes características da escatologia dispensacionalista: A Grande Tribulação é literal e durará sete anos; Jesus arrebatará a Igreja antes da Grande Tribulação; o milênio é literal; Deus ainda tem um plano para Israel.
Diante disso, devemos esclarecer o seguinte: muitos aspectos da hermenêutica dispensacional foram descartados da teologia pentecostal assembleiana, mas nossa escatologia é totalmente dispensacional. Portanto, para compreender integralmente a escatologia assembleiana, é necessário compreender essa abordagem.
2 - DISPENSAÇÃO E ALIANÇA
Ao estudar a cronologia dispensacional, é importante não confundir com as alianças estabelecidas entre Deus e os homens. No entanto, uma dispensação e uma aliança estão relacionadas entre si.
2.1 - DISPENSAÇÃO
A palavra "dispensação", que traduzimos para o português, tem origem grega na palavra oikonomía, que também deriva das palavras "economia" e "administração". Ela descreve a gestão ou administração dos assuntos de um lar. No contexto bíblico, a dispensação representa uma fase da "administração do mundo" de acordo com a vontade soberana de Deus, dividida em diferentes estágios.
De forma geral, uma dispensação inclui elementos como promessas de Deus, mandamentos de Deus e princípios para a humanidade. Esses elementos nem sempre são fixos em uma determinada dispensação, pois alguns deles passam para o próximo período dispensacional, enquanto outros são anulados e substituídos na próxima fase.
Em resumo, as dispensações são definidas como: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa, Lei, Graça e Reino.
2.2 - ALIANÇA
Uma aliança é um pacto estabelecido entre Deus e os homens, no qual princípios são estabelecidos para a humanidade. Cabe ao homem, através de seu livre-arbítrio, aceitar ou rejeitar tais princípios. No entanto, o homem é consciente dos benefícios e consequências do cumprimento ou não de cada pacto.
2.3 - A RELAÇÃO ENTRE DISPENSAÇÃO E ALIANÇA
De forma geral, uma dispensação e uma aliança estão relacionadas entre si, embora tenham aspectos diferentes em sua definição. Compreender a correlação de cada dispensação com a aliança ativa permitirá ao cristão entender os princípios e mandamentos estabelecidos por Deus para cada estágio da história.
Uma dispensação é um período de tempo no qual o ser humano é testado para que sua obediência seja evidenciada em relação à revelação da vontade de Deus. Nas alianças, os preceitos são revelados ao homem, que tem a capacidade de escolher se irá cumprir ou não os mandamentos estabelecidos pelo pacto. Essa correlação nos ajudará a compreender melhor as fases dispensacionais estabelecidas na história.
3 - AS DISPENSAÇÕES
3.1 - DISPENSAÇÕES PASSADAS
As dispensações passadas são entendidas como Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa e Lei. Na Dispensação da Inocência, o homem foi testado a viver de acordo com as condições divinas, tendo como principal ordem a proibição de comer da árvore do conhecimento (Gn 2.16,17). O seu fim foi marcado pela queda do homem (Gn 3.6,7).
A Dispensação da Consciência surgiu após o fracasso humano na queda, mas veio acompanhada de uma promessa de redenção para a humanidade caída e de juízo para o responsável pela queda humana (Gn 3.9-19). O seu término foi marcado pelo juízo do dilúvio devido ao fracasso humano (Gn 7.23).
Na Dispensação do Governo Humano, o homem deveria dominar a terra e suprir suas necessidades (Gn 9.3), o que exigia a formação de nações, sociedades e governos. O fracasso da humanidade nessa dispensação ficou evidente no episódio da Torre de Babel (Gn 11.6-8).
A Dispensação da Promessa revela o chamado de Deus a Abraão. O homem deveria habitar na terra prometida e confiar em Deus. No entanto, o povo se recusou a viver pela fé, como foi confirmado mais tarde quando apenas Josué e Calebe entraram em Jericó.
A Dispensação da Lei está intimamente ligada à Antiga Aliança. Essa dispensação pode ser vista nos aspectos da aliança mosaica: Mandamentos, Juízos e Ordenanças. O fim dessa dispensação é Cristo e a Nova Aliança estabelecida na cruz.
3.2 - DISPENSAÇÃO PRESENTE
No Antigo Testamento, já encontramos aspectos da Nova Aliança estabelecida por Cristo na cruz do Calvário. Este Novo Testamento marca o início da Dispensação da Graça, que difere da anterior ao relacionar-se com a resposta do homem à Salvação oferecida por Cristo Jesus.
O seu fim será declarado quando a humanidade se entregar à apostasia e, consequentemente, ao julgamento na Grande Tribulação.
3.3 - DISPENSAÇÃO FUTURA
A Dispensação do Reino pode ser compreendida em relação à aliança de Deus com Davi. O pacto davídico é perpétuo e incondicional (Sl 89.34,35) e será cumprido durante o período milenar do governo do Messias em Jerusalém.
Mesmo em um estado de paz e santidade, quando essa etapa dispensacional for revelada e enquanto a humanidade estiver sendo governada pelo próprio Cristo Glorificado, os homens ainda falharão em cumprir os preceitos dessa dispensação. O Julgamento do Trono Branco será o marco final desta e de todas as dispensações e eras. Após isso, os salvos viverão para sempre com o Senhor.
CONCLUSÃO
As dispensações têm como objetivo ajudar na compreensão da cronologia profética bíblica, organizando os períodos e eventos de forma a orientar o estudante da Bíblia. Embora seja um assunto controverso nas escolas teológicas, é importante que a Igreja estude esse tema com cautela, evitando exageros desnecessários.
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A SEGUNDA VINDA DE CRISTO 1ª PARTE
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