Sete características e símbolos das núpcias do cordeiro

Vamos aprender sobre o que deve ter em um casamento refletindo alguns aspectos sobre as bodas do Cordeiro em Apocalipse 19.5-9:

1- O documento = EQUIDADE:

v.5 “todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes” (Ap 19.5) Um casamento, para ser plenamente oficializado, necessita apresentar os documentos requeridos para ter validade legal. Isso representa uma maneira justa e honesta de abordar o compromisso perante Deus e a sociedade. O registro civil é uma evidência do comprometimento. O certificado das núpcias com o Cordeiro será o testemunho da equidade, que inclui a todos sem exceção. Ele convoca todos os seus servos, desde os menos proeminentes até os mais destacados. Deus é íntegro e deseja oferecer a todos a mesma oportunidade de, um dia, desfrutar da vida eterna com Ele nos céus. Em momentos de injustiça, é crucial lembrar as palavras do Senhor que exortam: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor” (Romanos 12.19). Em um relacionamento conjugal, a vingança não deve ter lugar. O que é vingança? É retribuir ao próximo o mal que nos fez, pagar na mesma moeda ou tentar fazer justiça com as próprias mãos. Nossa equidade é encontrada no Senhor! Já confiou Sua justiça em sua vida?

2- A melodia = ADORAÇÃO:

v. 6 “Então, ouvi uma como voz de numerosa multidão, como de muitas águas e como de fortes trovões, dizendo: Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o Todo-Poderoso” Toda celebração necessita de música, e nesta celebração, a melodia entoada será a adoração. Um casamento precisa ser preenchido por adoração. Tudo o que for empreendido deve ter como propósito a glorificação de Deus. Aqueles que aspiram a um dia alcançar o céu devem ter prazer em adorar o Senhor, pois, na eternidade celestial, passaremos glorificando continuamente o Senhor. A vida de um casal que busca felicidade deve ser permeada por momentos de adoração e comunhão com Deus. Em sua esfera íntima, deve reservar tempo para estar a sós com o Senhor. Seu lar deve ser impregnado de adoração, jamais sendo caracterizado por conflitos ou tumultos. Já tem elevado louvores ao Senhor em sua união matrimonial? Adore ao Senhor com todo o seu coração!

3- O Clima = FELICIDADE:

v.7 “Alegremo-nos, exultemos” A expectativa é de que o ambiente de uma celebração seja repleto de felicidade. No entanto, isso nem sempre se concretiza, pois em festividades seculares, a alegria superficial frequentemente resulta em ressacas, dores, conflitos e outras consequências negativas. A verdadeira fonte de alegria determina o estado de espírito de uma pessoa, pois "a alegria do Senhor é a nossa força" (Neemias 8.10). Assim, alguém desprovido de contentamento se encontra desmotivado e sem vigor. Ao regozijarmos em Jesus, podemos proclamar com confiança: "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4.13). O ápice da alegria ocorrerá nas Bodas do Cordeiro, quando o Senhor reunirá Seus escolhidos de toda a terra. Nesse momento especial, os céus, com seus anjos, exultarão. A promessa bíblica assegura que a alegria será tão intensa que nunca mais haverá dor, lágrimas ou tristeza por toda a eternidade (Apocalipse 21.4). A felicidade no matrimônio não pode se restringir apenas à hora da festa, quando tudo é novidade. Com Jesus no lar, a alegria torna-se sólida, como a paz que Ele proporciona (João 16.33), e a vida abundante que concede ao casal (João 10.10). A alegria permeia seu lar? Jesus é a razão que o faz feliz!

4- Os Preparativos = EXPECTATIVA:

v.7b “são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou” Nos casamentos contemporâneos, é o noivo quem espera pela noiva; contudo, na época bíblica, era a noiva que aguardava a chegada do noivo, conforme ilustrado na parábola das dez virgens (Mateus 25.1-13). A noiva deve estar pronta para o momento em que o noivo chegar. Jesus só retornará quando Sua noiva estiver pronta e qualificada. Os preparativos para um casamento são uma preocupação comum. Cada detalhe é crucial para o sucesso da celebração. No entanto, mais vital do que todos os arranjos é a prontidão dos noivos para esse encontro. O período de noivado é crucial, pois é nesse tempo que os parceiros se conhecem, repleto de esperanças e sonhos para uma vida a dois. Todos os esforços nos preparativos seriam em vão se o casal não estivesse devidamente preparado. Embora seja desafiador afirmar que um casal está completamente pronto, é crucial que estejam em constante preparação. A esperança alimenta o desejo de melhorar, sendo os sonhos de uma vida melhor impulsionadores da preparação. O casal deve manter viva a expectativa, assim como a igreja aguarda a volta de Jesus, preparando-se diariamente para esse encontro. Você está preparado para seu casamento? A ausência de preparo leva a um estado de desespero no casal!

5- As Indumentárias = PUREZA:

v.8 “lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” Ao nos prepararmos para um casamento, dedicamos atenção especial à escolha das vestimentas. Após a festa, frequentemente há comentários sobre o traje da noiva. O branco clássico das noivas simboliza pureza e honra. Nas Bodas do Cordeiro, as vestes revestirão os participantes de santidade, caracterizadas por trajes de linho finíssimo e radiante. Cada convidado será adornado com vestes imaculadas, representando a busca pela santificação. No entanto, o que verdadeiramente importa não é a aparência externa, mas o conteúdo de cada coração. A sinceridade e os sentimentos de cada indivíduo superam a mera aparência. Estar envolto em luxo não tem valor se a paz interior estiver ausente. Para que a felicidade prevaleça na vida conjugal, é essencial buscar continuamente a santidade. Conscientes de que ninguém é perfeito, aspiramos seguir o exemplo de Jesus e nos consagrar diariamente. Como alcançar tal santificação, sendo todos passíveis de erro? A resposta reside em buscar perdão pelos pecados (1 João 1.9) e perdoar aqueles que nos ofendem (Mateus 6.14,15). Quando Jesus instrui a perdoar o próximo, isso se estende àqueles que compartilham nosso lar e nossa vida mais próxima. Seu matrimônio reflete essa busca pela santidade? Deus almeja proporcionar felicidade, santificando sua jornada!

6- Os Participantes = CHAMADOS:

v.9ª “me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” Um casamento envolve uma lista de convidados, e nas Bodas do Cordeiro, há também uma lista específica, registrada no Livro da Vida (Apocalipse 20.15). Os convidados são aqueles que aceitaram o convite da Salvação. À semelhança de noivos que escolhem amigos próximos para compartilhar seu dia especial, Deus convoca Seus servos. Ser convidado para uma celebração é um privilégio, mas a participação não deve se limitar ao momento festivo. A continuidade da presença na vida do casal é crucial para abençoar e apoiar suas necessidades futuras. Os noivos necessitam de pessoas que permaneçam ao lado deles nos momentos difíceis, além de outros casais que sirvam como referências construtivas para o relacionamento. Da mesma forma, o casal deve ter discernimento ao escolher quem convidar para compartilhar sua vida e lar. É fundamental buscar pessoas que contribuam para a edificação da convivência e a dignificação da família. O convidado mais especial que um casal pode ter é o Senhor Jesus, que aceitou o convite para uma cerimônia semelhante (João 2.1-8) e deseja entrar em seu lar, proclamando: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3.20). Vocês convidaram Jesus para compartilhar de seu casamento? Ele anseia fazer parte de sua jornada matrimonial!

7- A Consumação = VERACIDADE DIVINA:

v.9b “acrescentou: São estas as verdadeiras palavras de Deus” Assim como o ministro, ao proclamar 'eu os declaro marido e mulher', oficializa o casamento perante a sociedade, nas Bodas do Cordeiro, a consumação é ratificada pela Palavra de Deus, que é eterna (Mateus 5.18). Para alcançar a felicidade conjugal, é imperativo viver de acordo com o que Deus diz, não apenas seguindo as opiniões alheias. A Palavra de Deus deve ser o alicerce de uma união feliz. Construir o lar sobre essa fundação sólida é comparável a construir sobre a rocha (Mateus 7.24-27). Por outro lado, construir sobre opiniões, vontades pessoais e influências externas que não estão fundamentadas na Rocha, que é Jesus, pode resultar em desmoronamento diante das adversidades. A Bíblia proclama que Deus é o instituidor do casamento. Quando um casal reconhece que sua união é uma dádiva divina, ela se torna inabalável. Ter a convicção de que o matrimônio é uma bênção concedida por Deus fortalecerá a união em Cristo Jesus. A Palavra de Deus é não apenas o sustento de nossas vidas (Mateus 4.4), mas também nossa defesa contra as dificuldades (Efésios 6.17). Vocês têm nutrido seu casamento com a Palavra de Deus? Abençoem a jornada matrimonial fundamentando-se nas Escrituras!

Conclusão:

À luz das reflexões sobre os sete elementos simbólicos das Bodas do Cordeiro, percebemos uma profunda analogia entre o casamento humano e a celebração celestial. A certidão, representando a justiça, destaca a importância de um compromisso justo e íntegro perante Deus. A música, associada ao louvor, destaca a relevância de uma vida conjugal permeada pela adoração e comunhão espiritual. O ambiente, marcado pela alegria, ressalta a necessidade de cultivar a alegria genuína no lar, ancorada na presença de Jesus.

Os preparativos, associados à esperança, enfatizam a importância da preparação contínua no casamento, com a esperança de uma jornada cada vez mais sólida. As vestes, simbolizando a santidade, recordam que, assim como as vestes brancas representam pureza no casamento terreno, a santidade é essencial para uma união duradoura. Os convidados, chamados à ceia, destacam a relevância de escolher amizades e referências que fortaleçam o relacionamento.

Por fim, a consumação, fundamentada na Palavra de Deus, sublinha a importância de edificar o casamento sobre princípios sólidos e eternos. Esses elementos coletivos formam um quadro abrangente de como um casal pode construir e manter uma união saudável, plena de significado e alinhada aos princípios divinos. Ao internalizar esses conceitos, os cônjuges podem aspirar não apenas a uma vida conjugal feliz, mas também à participação nas grandiosas Bodas do Cordeiro, simbolizando a união eterna com Deus. Que cada casal, ao trilhar sua jornada matrimonial, encontre inspiração e direção nessas verdades simbólicas.